quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rômulo Soares Albuquerque fala pela primeira vez sobre sua vida íntima; seus medos; seus conflitos. Posicionamentos que chocam; mas sempre respaldado na lógica e no respeito ao próximo.

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A “VERDADE SEM ROSTO”; é visto por mim como um desafio. Muito mais do que passagens do passado, meu objetivo é entender e compreender como funciona a mente de um ser humano tão ambíguo e complexo como Rômulo Soares Albuquerque. Um sorriso cativante; um olhar matreiro de menino. Quem o olha não imagina a capacidade de raciocínio lógico dedutivo que possui. Mas o que mais chama-me a atenção é o que ele chama de sensibilidade. Ele sente as coisas ao seu redor e consegue antever o futuro com antecedência; sem nenhum tipo de vidência ou poder sobrenatural. É maravilhoso está a seu lado. Conversar; ouvi-lo. Sentimo-nos tão a vontade que acabamos abrindo-nos de maneira como jamais fizemos com outrem. Fiquem com essa entrevista transcrita em palavras. Ela irá surpreender-lhe; principalmente com o grau de sinceridade nela exposta.

“Às vezes sinto que a verdade não importa a muita gente; tão pouco o bem está das pessoas; o preconceito e a torcida para que tudo dê sempre errado, em mim tem efeito contrário”

“Não acredito em “olho gordo” ou que a inveja dos outros possa de alguma forma prejudicar-me; para ser sincero; só existe para mim as pessoas de que gosto; que nutro carinho. As outras, simplesmente inexistem”

“Não sei a nível de inconsciente, pois algumas de nossas atitudes causam surpresas até a nós mesmos. Mas, conscientemente repugno qualquer tipo de preconceito e não julgo as atitudes do próximo. Talvez esteja tão centrado e meu universo, que o do outro é problema dele”

“Muitas vezes ouço: “mas Rômulo, logo você, uma pessoa tão humana ser a favor do aborto; não ter religião”. Acredito que as pessoas desejam sempre que pensemos exatamente como elas.”

“Deus é uma energia; algo que nós, seres humanos, não conseguimos em nossa limitação compreender. Creio em uma força superior; em um Deus de amor. Não em um carrasco, nos fazendo de “Big Brother”; ele vai pecar? Não vai? Esperando o “Juízo Final” para punir e condenar. Esse raciocínio não condiz com a figura de um Pai. Sinto Deus exatamente como um pai; um amigo.”

“Não sou ninguém para dizer o certo ou o errado; mas não vejo lógica em um esposo; um pai; ficar 2 horas em frente à televisão, ou sumir a tarde toda, para ver 22 homens correndo atrás de uma bola, para chutá-la e coloca-la em uma rede. Esse tipo de conduta parece-me egoísta; pouco condicente com a postura de um homem que ama sua família”

“Não fujo do casamento; tão pouco o procuro; Se um dia casar-me, certamente será uma atitude para valorizar a pessoa que está comigo e propiciar uma compreensão maior por parte dos filhos que espero ter; queiramos ou não; vivemos em sociedade; não vou ser hipócrita e dizer que ela não exerce influência sobre o Rômulo.”

“As pessoas sempre conseguem surpreender-me; decepcionar-me; mas provavelmente o erro esteja em mim. Sempre espero das pessoas o melhor de cada uma”

Pergunta - Rômulo, em seus textos, identifica-se passagens de profunda sensibilidade; com uma maneira muito peculiar de ver e sentir o mundo que o cerca; Como você ver o Ser Humano de um modo geral?

Resposta - Sinto que nós, seres humanos, estamos cada vez mais individualistas e egoístas; buscamos sempre respaldar nossos fracassos e frustrações nas atitudes de terceiros. Parece que ficamos felizes ao ver o outro infeliz. Caminhamos nesse sentido; com pouco senso de coletividade. Agimos de maneira premeditada para prejudicar o próximo; sejam com ações ou omissões. Às vezes sinto que a verdade não importa a muita gente; tão pouco o bem está das pessoas; o preconceito e a torcida para que tudo dê sempre errado, em mim tem efeito contrário.

Pergunta – Como interage com essas pessoas de atitudes mesquinha?

Resposta - Com o máximo de sinceridade, realmente não sei. Não acredito em “olho gordo” ou que a inveja dos outros possa de alguma forma prejudicar-me; para ser sincero; só existe para mim as pessoas de que gosto; que nutro carinho. As outras, simplesmente inexistem. Assim, em meu mundo estão pessoas que são diferentes ou ainda não as descobri. Isso não quer dizer que não saiba aceitar as pessoas, com suas virtudes e defeitos. Mas quando o defeito é o desejo de nos ver sofrer, aceitá-las seria o mesmo que auto destruir-me.

Pergunta - Existe saída?

Resposta – Claro. O começo de tudo é amar a própria vida. Buscar ser feliz. Se focar em objetivos, esquecendo um pouco à vida dos outros. Não sei a nível de inconsciente, pois algumas de nossas atitudes causam surpresas até a nós mesmos. Mas, conscientemente repugno qualquer tipo de preconceito e não julgo as atitudes do próximo. Talvez esteja tão centrado em meu universo, que o do outro é problema dele. Se todos agissem sem querer ser a palmatória do mundo; as coisas seriam bem mais fáceis.

Pergunta – Para o Dr. Rômulo Soares Albuquerque; o que é preconceito?

Resposta – Só conheço um Rômulo; Ademais, para mim, Dr. É sinônimo de médico. Se eu fosse médico seria Ginecologista... Observou? A ideia que faço de Médico Ginecologista é pré-concebida. Um homem cercado por mulheres despidas. Sequer tenho contato mais aprofundado com qualquer profissional dessa área. Mas já fiz meu julgamento; os condenei, sem mesmo conceder-lhes o Direito De Defesa. É dessa maneira que julgamos e condenamos pessoas que praticam aborto, homossexuais, prostitutas, Judeus, Muçulmanos. Muitas vezes ouço: - mas Rômulo, logo você, uma pessoa tão humana ser a favor do aborto; não ter religião”. Acredito que as pessoas desejam sempre que pensemos exatamente como elas. – Só para lembrar, pelo nosso Direito, um crime deixa de ser crime, quando a maioria das pessoas o praticou ou dele participou. Ora, me aponte no Brasil, uma pessoa que não fez um aborto (crime pelo Código Penal de 1945); não soube de ninguém que fez (crime a medida que sei de um fato criminoso e não comunico às autoridades). O pior é que só sofre quem tem poucas condições econômicas, fazendo uso de abortíferos que podem deixar sérias sequelas ou até mesmo leva-la a morte. Quem tem dinheiro vai a uma clínica, e sai virgem.

Pergunta - Você acredita em Deus?

Resposta – Não nesse Deus que existe em sua e na quase totalidade dos seres humanos. Deus é uma energia; algo que nós, seres humanos, não conseguimos, em nossa limitação, compreender. Creio em uma força superior; em um Deus de amor. Não em um carrasco, nos fazendo de “Big Brother”; ele vai pecar? Não vai? Esperando o “Juízo Final” para punir e condenar. Esse raciocínio não condiz com a figura de um Pai. Sinto Deus exatamente como um pai; um amigo. Não consigo imaginar “DEUS” sentindo-se feliz por ver um filho humilhar-se ou penitenciar-se perante ele ou em seu nome. Acho surreal crer na felicidade de um ser baseado no sofrer de outrem. Esse Deus não existe para mim.

Pergunta - Como ver a figura do Homem no século XXI. Refiro-me ao homem marido, pai....

Resposta – O caminho que nós homens têm tomado é arriscado; Muitos de nós não queremos acordar para o óbvio. E aqui deixo de lado “machismos” ou “feminismos”. Não sou ninguém para dizer o certo ou o errado; mas não vejo lógica em um esposo; um pai; ficar 2 horas em frente à televisão, ou sumir a tarde toda, para ver 22 homens correndo atrás de uma bola, para chutá-la e coloca-la em uma rede. Esse tipo de conduta parece-me egoísta; pouco condicente com a postura de um homem que ama sua família. Isso também não significa dizer que a banalização da traição feminina seja justificada. Ora, se ele não me faz feliz, o deixo; esse pensamento é o coerente. Se ele me troca por outras, por farras e bebedeiras; para que ficar ao seu lado? Mas sinto cada vez mais as mulheres justificarem seus erros nos erros dos homens. Falta-lhes coragem de tomar uma postura decente, que não causasse decepção a seus filhos. O mesmo serve para a figura masculina. Eu já traí muitas vezes; mas sempre a pessoa com quem eu estava soube; tendo então a liberdade de tomar a decisão que achasse correta. Acho que tive sore nenhuma me abandonou; Não me pergunte se revidaram... Sinceramente, não que eu tenha vindo a saber. Acredito, ironicamente, que seja a única coisa que jamais saberia perdoar.

Pergunta – Rômulo, você já tem 33 anos, 34 , em 02 de Março, e o casamento?

Resposta – Sabe, só lembro da idade quando alguém fala. Faço melhor o que fazia com 15, 20, 25 anos. Optei por deixar viver a criança que existe aqui dentro; mas não fujo do casamento; tão pouco o procuro; Se um dia casar-me, certamente será uma atitude para valorizar a pessoa que está comigo e propiciar uma compreensão maior por parte dos filhos que espero ter; queiramos ou não; vivemos em sociedade; não vou ser hipócrita e dizer que ela não exerce influência sobre o Rômulo. No dia em que casar, te mandarei um convite.

Pergunta – Qual o defeito capital de Rômulo Soares Albuquerque?

Resposta – Essa é fácil e simples de responder: As pessoas sempre conseguem surpreender-me; decepcionar-me; mas provavelmente o erro esteja em mim. Sempre espero das pessoas o melhor de cada uma. O pior é que nunca estou preparado para a decepção; então, sofro.

Confira textos escritos por Rômulo Soares Albuquerque em:

http://meumelhorsorriso.spaces.live.com

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Por Janaína Mamede

Janaína De Castro Mamede é Jornalista graduada e Pós-Graduada pela USP-SP, Com doutorado e Mestrado Universidade Internacional da Flórida, em Miami.

“ESSE É MEU MAIOR DESAFIO”

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